terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Hirsuta

Nada tem expressado melhor meus últimos dias, meses, sentimentos, emoções do que a música. Minha música corre sob minha pele e não tenho conseguido traduzi-la aqui ultimamente. Um desejo de renascer muito meu, é muito íntimo, e sou egoísta demais, para fazê-la escorrer de minhas veias para as pontas de meus dedos. Aqui, Josh Krajcik faz as vezes, expressando o que sinto da forma dele, invadindo o espaço debaixo da minha pele como só um bom músico consegue fazer.

Shorn

baby I feel life moving on
trapped inside the reeling of colliding storms
baby i feel like the bleeding one
and then the love that was lost to us;
it is shorn...
it is shorn...

i miss my babe i miss her mama Lord
i miss the fear of losing love my Lord
i miss the nights i'd lie awake
i miss the drinks i would taste
i miss the love that i hate
it is shorn...

Baby i got some gin and it is waiting
to saturate my soul till i'm feeling reborn
Baby tonight the fight is finally fading
and then the pain that's become my blood;
it is shorn...
it is shorn...

i miss my babe i miss her mama, Lord
i miss the fear of losing love, my Lord
i miss the nights i'd lie awake
i miss the drinks i would taste
and the love that i hate
it is shorn...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Viagem Comigo – Advanced Mode

Eu tenho Euros, malas prontas, sapatos novos, listas e mais listas, listas de listas que ainda preciso fazer. Eu tenho dúvidas se devo levar meu computador, também se devo levar aquele vestido azul. A bolsa preta vai, com certeza.

Ainda preciso comprar escova de dentes nova e mais presentes pras pequenas que estão lá, tão longe. Eu tenho já o dia de folga, e os sapatos novos, a mala pronta desde domingo passado...

Eu tenho sonhos, tenho saudades, tenho vontades. Tenho a satisfação de realizar desejos, planos, promessas. Eu beijo o cãozinho, sabendo que vou sentir falta dele lá longe e, só pra variar, eu penso em você. Não acho que eu vá sentir mais a sua falta lá, realizando-me, completando ciclos, do que já sinto aqui, todos os dias.

Eu tenho dias, tempos, amores. Tenho fogo e frieza. Tenho ansiedade e mais ansiedade. Anseio pelos sorrisos, pelas lágrimas, pelos suspiros, pelos longos períodos de contemplação, intercalados com o bardear veloz das minhas mãos, aniosas pelo caderno novo.

Tenho que comprar caderno, presentinhos, escova de dentes. Tenho minhas sandálias novas, as passagens, as listas, a mala pronta desde domingo passado.

Tenho ansiedade pela saudade que ainda não estou sentindo. Anseio por saber que gosto, que cara, que cor terá essa saudade tão fácil, tão simples. Anseio por matar a saudade mesmo de quem ainda nem conheci. Anseio por conhecer. E já antevejo a dor da separação tão eloqüente e a expectativa de saber se o gosto, a cara, as cores da saudade que já sinto irão mudar depois de mortas e reavivadas.

Faço lista de prós e contras sobre levar o computador. Conto os euros, faço listas de orçamento.

Reservas de hotéis, e saudades.

Eu tenho tudo o que quero, sempre, por mais que invente coisas novas a desejar.

Saio amanhã, para mais uma viagem comigo, com meus sonhos, meus suspiros, meus longos momentos de contemplação, minhas saudades, minhas ansiedades, minhas listas, meus sapatos, minha nova escova de dentes e minhas malas prontas desde domingo passado...