Tentando me reorganizar.
Espero que gostem do novo layout. A idéia é ficar mais organizado, tem elemento gráfico sobrando, mas não consigo tirar mais nada.
O mesmo tenho feito com minha casa.
O mesmo tenho feito com minha vida.
Agora que não tenho mais que fingir que não tenho sonhos ridículos e metas absurdas. Agora que já "cheguei lá", agora faço novos planos.
Aí decido parar de enrolar e terminar minha dissertação. Meu prazo é agosto. Voltarei das férias pro meu último semestre com a dissertação pronta só para correções. Só que ainda nem comecei.
Esse semestre leciono TACI - Terapia Analítico-Comportamental Infantil.
A Laércia, genial, adaptou o script pra eu usar minha própria metodologia de ensino e mais: vou poder desenvolver a temática de acordo com as áreas que me destaco - ECA, psicoterapia de adolescentes, FAP.
Maravilhada com o que fiz de mim esse ano, e essa é só a primeira metade.
Aí eu defendo no fim do ano.
E presto vestibular de novo. Seguir a carreira que não tive coragem de assumir que desejava há 9 anos atrás. Ter novos sucessos pra perseguir. Correr novos riscos, porque o Alexandre já se posicionou contra essas decisões - ele tem medo do que posso fazer, estudando cênicas. Eu admito o risco, só que sem a parte do medo.
Tenho só essa excitação, essa sensação de poder - de saber que posso, que eu consigo!
Em janeiro entro pra um curso de fotografia, quer passe ou não no vestibular. E vou estudar até conseguir minha exposição. Minhas metas não parecem ilusórias agora. Algum de vocês concretizou todos os planos que fez para uma vida inteira antes dos 25? Eu sim. E agora preciso de novos planos. Se eu consegui da primeira vez, devo no mínimo chegar perto nessa nova fase.
Essa semana comecei um programa de treinamento pra correr. E me senti tão capaz! Meu corpo gritando em protesto e eu argumentando com ele calmamente de que quem manda aqui sou eu. E venci!
Hoje desci com o Akamaru, o Alexandre fora prestando concurso. E uma moça me parou pra pedir meu telefone.
Longe de corresponder às expectativas de vocês, Vanessa pediu meu telefone pois tem uma maltesa de três anos que nunca cruzou e está no cio!
Eu consegui uma namorada para o Akamaru! - E já estou sonhando com o filhotinho!
Ai, que sensação boa a de ser eu!
Minha vida não poderia estar mais perfeita.
Sim, eu também notei que estou entrando num episódio maníaco (nota mental: ciclos de 7,8 meses), mas não estou com medo do que vem depois. Estou tranquila e satisfeita, por saber que as decisões que tomo agora, os caminhos que traço pra mim, se tornarão obsessões para as fases seguintes.
No fim das contas, eu estava certa. Bom foi continuar escrevendo, pra que eu mesma pudesse acompanhar meu processo de enlouquecimento. Me leio aqui ao longo do tempo e sei exatamente o que esperar de mim.
Depois descrevo melhor essa fase. Está difícil até de me manter sentada até o final de um texto... rs
Idas e vindas de palavras ocas, ecoando. Do pouco que me lembro, do que não consigo esquecer.
domingo, 19 de julho de 2009
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Piece of Art - Art for Art's Sake
Uma placa na esquina
E sou atingida, devorada por um senso de sentidos
Um despertar de algo nem estava adormecido
Alerta para a beleza em cada pequeno pedaço
De tudo.
Arte está na íris
Está nos olhos, nos punhos cerrados
Na placa da esquina
No reflexo do sol nos vidros fechados.
Em cada clique do celular que tira fotos
Em cada arfar de um peito cansado
No suspiro que ante vem uma nota aguda
No toque da guitarra, no baixo, na tuba.
Arte é o calabouço das pessoas livres
Arte destrona, nos faz lixo
Ao mesmo tempo em que exalta e enriquece
Desperta os instintos, racionaliza
Agride e acaricia
Arte está no tom
Está no grito longo de uma freada
E no milésimo de segundo da batida
Arte está no deck e no baralho
Na boceta e no caralho.
Em dois corpos que se unem
E se separam encharcados
Arte está na expressão
Do pensamento reprimido
Está no jogo e no choro
Está no silêncio após uma foda bem dada.
Um pôr-do-Sol, um mato queimado
Nessa ausência que se encaixa no peito
Cada vez que te vejo e não te tenho
No desejo de ficar e de prender
Na necessidade de ir e deixar ir
Arte está nas diferenças
E no respeito a elas
Nas arandelas do ciúme
Na gratidão do zêlo
Arte está nesse corredor vazio
Que você chama de vida
E eu de pesadelo.
E sou atingida, devorada por um senso de sentidos
Um despertar de algo nem estava adormecido
Alerta para a beleza em cada pequeno pedaço
De tudo.
Arte está na íris
Está nos olhos, nos punhos cerrados
Na placa da esquina
No reflexo do sol nos vidros fechados.
Em cada clique do celular que tira fotos
Em cada arfar de um peito cansado
No suspiro que ante vem uma nota aguda
No toque da guitarra, no baixo, na tuba.
Arte é o calabouço das pessoas livres
Arte destrona, nos faz lixo
Ao mesmo tempo em que exalta e enriquece
Desperta os instintos, racionaliza
Agride e acaricia
Arte está no tom
Está no grito longo de uma freada
E no milésimo de segundo da batida
Arte está no deck e no baralho
Na boceta e no caralho.
Em dois corpos que se unem
E se separam encharcados
Arte está na expressão
Do pensamento reprimido
Está no jogo e no choro
Está no silêncio após uma foda bem dada.
Um pôr-do-Sol, um mato queimado
Nessa ausência que se encaixa no peito
Cada vez que te vejo e não te tenho
No desejo de ficar e de prender
Na necessidade de ir e deixar ir
Arte está nas diferenças
E no respeito a elas
Nas arandelas do ciúme
Na gratidão do zêlo
Arte está nesse corredor vazio
Que você chama de vida
E eu de pesadelo.
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